A quarta edição das 1000 Milhsw Históricas Brasileiras foi, talvez, a mais charmosa das edições. Estradas sem qualquer problema (a grande maioria delas de uma beleza estonteante); serras fantásticas e desafiadoras; hospedagem e culinária de primeira grandeza - e o clima ajudou. Organização impecável, realizada pelo Departamento Esportivo do MG Club do Brasil, comandado pelo Eduardo Lambiasi e pelo Luis Cezar Ramos Pereira.
Havia um time formado por membros do Classic Car Club do Rio Grande do Sul, capitaneado pelo mítico Oscar Leke. Uma lição de como se deve fazer e ganhar um rallye com competência e elegância, veio da dupla gaúcha vencedora (mais uma vez), Rogério Franz e Mário Nardi, com uma Mercedes-Benz 280S, 1969 (que homenageava a Red Pig da AMG). Esta dupla ganhadora é merecedora de todos os elogios.
Na verdade o Rallye 1000 Milhas Históricas Brasileiras, foi impecável na sua organização e no seu desenrolar. O MG Club do Brasil fez todo o esforço e competência para realizar essa prova impar no Brasil, que faz parte do calendário mundial da FIVA, realizado sob as regras da FIA-Historic Regualrity Rallies. Reconhecidamente por todos (participantes, outros clubes, imprensa especializada e FBVA), como o melhor e mais longo rallye histórico de regularidade praticado no Brasil. 35 fornecedores ficaram envolvidos com o evento, que contava com um time técnico de 6 pessoas da Verde Rosso; um time de logística de 15 integrantes comandado pelo brilhante Zé Ricardo; secretaria móvel capitaneada pela Solange Gomes; apoio mecânico e de oficina móvel, comandado pelo incansável Nelson Galozzi. Esse apoio era sustentado pelos co-patrocinadores Mercedes-Benz do Brasil e Toyota. Três profissionais de primeira linha e com mais de 30 anos de motorsport (de kart à F1), estavam presentes trabalhando junto a Organização do Rallye: como assessor de imprensa - João Alberto Otazu; como fotógrafo oficial - Claudio Larangeira e como mecânico-chefe o Ferrerinha. A FOX Sports cobria o evento todos os dias, com o fito de se realizar um programa de 50 minutos, que será exibido no Brasil e América Latina (claro que outras emissoras locais, estiveram presentes como a Band e Globo). E claro que a Diretora Social do clube - Vera Lambiasi - tirou centenas de fotos fantásticas (como sempre).
Como se sabe, pelas regras o mínimo era de 20 carros e no máximo 50 carros inscritos. Houve a inscrição efetiva de 49 carros (com reservas travadas nos hotéis). Em compensação do troféu Espírito do Rallye ficou para o Mauricio Marx, que largou com sua "bombinha" - uma Romi-Iseta 1958, que quebrou a ponta de eixo traseiro no primeiro dia (ele depois, realizou o rallye, com um fantástico VW-Porsche 1914/6 com motor de 2.6 litros). O "Mau", como é conhecido além dessa proeza, ajudava quem precisava no decorrer do rallye (trocando desde um simples pneu, até realizar a instalação de um cabo de acelerador, no carro do time francês). O segundo troféu foi para o Robin Orloff, que se afastou da prova durante um dia, para trabalhar em outro estado, regressando a prova novamente no outro dia - numa incrível aventura logística. Fantástica a atitude dos dois - mereceram o premio do Espírito do Rallye. Fotos de Vera Lambiasi - Diretora Social do MG Club do Brasil.
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